Mudanças climáticas ameaçam sobrevivência de árvores gigantes e antigas


As mudanças climáticas e os fenômenos meteorológicos extremos ameaçam a sobrevivência das florestas de árvores gigantes e antigas, ao limitarem sua capacidade de adaptação às mudanças, diz um relatório publicado no sábado (23 abril 2016).
Algumas das maiores e mais velhas árvores do mundo já estavam no planeta quando a maior parte dos humanos vivia literalmente na Idade da Pedra. Mas um conjunto de ações humanas, como o corte, a degradação de ecossistemas e agora a mudança climática está acabando com os exemplares mais antigos de sequoias, eucaliptos de 100 metros e árvores tão mágicas como o baobá. O pior é que já não existem as condições para que as plantas mais jovens alcancem a altura e a idade de suas antecessoras.
“As árvores gigantes e antigas necessitam de longos períodos de estabilidade para sobreviver, o que está se transformando em algo muito raro em um mundo que muda rapidamente”, alertou o coautor da pesquisa, Bill Laurance, em comunicado da Universidade James Cook, na Austrália.
Cientistas da Universidade James Cook e da Universidade Nacional Australiana (ANU, sigla em inglês) que participaram da pesquisa revelaram que as condições que permitem que as árvores alcancem grandes dimensões estão mudando.
“As árvores gigantes antigas são suscetíveis a uma infinidade de ameaças, incluindo o desmatamento, a poda, a agricultura, as secas, os incêndios, as tempestades, as espécies invasoras, o desenvolvimento de infraestruturas feitas pelo homem e as mudanças climáticas”, segundo o estudo.
Vários cientistas consideram que o aumento do nível de CO2 atmosférico beneficiaria essas árvores, ao fertilizá-las e aumentar sua taxa de crescimento, mas outros acreditam que as mudanças climáticas agravariam a intensidade de tempestades e secas, e favoreceria a expansão de formas de vida que estrangulariam essas plantas.
No entanto, segundo o coautor do estudo, David Lindenmayer, da ANU, o risco é que “muitas árvores gigantes antigas ampliariam suas taxas de crescimento, e elas já vivem perigosamente no limite em termos do uso de água disponível e a vulnerabilidade às secas”.
A pesquisa focou em árvores que estão entre as 5% maiores dentro de suas espécies, entre elas a sequoia gigante, da Califórnia, (Sequoia sempervirens), que pode atingir mais de 115 metros de altura. 

Fonte: Terra

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