DEIXE O TAPAJÓS VIVER


O Rio Tapajós, no coração da floresta amazônica, é um dos lugares mais bonitos do planeta. É também lar de uma biodiversidade incomparável. Apesar disso, o rio está ameaçado pela construção de uma enorme usina hidrelétrica. Você pode agir agora para impedir esta destruição. Conheça um pouco sobre o assunto.
A bacia do Rio Tapajós é um santuário da biodiversidade. Há centenas de espécies que existem apenas ali. E outras, como o boto-cor-de-rosa, que precisam circular livremente pelos rios da região para sobreviver. Uma hidrelétrica vai destruir este paraíso. Temos de parar isso. O governo brasileiro e empresas internacionais estão se juntando para destruir este paraíso. São interesses poderosos e por isto precisamos de milhões de pessoas levantando suas vozes e agindo no Brasil e ao redor do mundo para parar o projeto. O povo indígena Munduruku tem sido o verdadeiro guardião da floresta amazônica e do Rio Tapajós por gerações. Entendem a importância de preservar a natureza não apenas para eles mesmos, mas para toda a humanidade. Estamos ao lado dos Munduruku para proteger a floresta e seus rios.
O QUE ESTÁ ACONTECENDO
O Tapajós, um dos últimos grandes rios da Amazônia a correr livremente, é o mais recente alvo do governo federal para a instalação de megaprojetos de hidrelétricas – além de hidrovias e outros projetos de infraestrutura. São 43 grandes hidrelétricas (com mais de 30 MW de capacidade instalada) planejadas para ser construídas na bacia do Tapajós. A maior delas, São Luíz do Tapajós, é apontada como prioritária para o governo federal. O impacto socioambiental de grandes hidrelétricas em biomas frágeis como a Amazônia é bem conhecido pelas populações e regiões afetadas e se repete a cada novo projeto.
Entre os impactos já observados podemos incluir o aumento do desmatamento, a redução da biodiversidade, os deslocamentos forçados de comunidades indígenas e tradicionais, além da abertura de estradas ilegais e a invasão de terras indígenas por mineradores, caçadores e madeireiros criminosos. Outras consequências negativas são o aumento populacional urbano sem planejamento, o tráfico de drogas, a prostituição e a escalada da violência. Conclusão: o tão anunciado “progresso” – principal argumento usado para convencer as comunidades locais a aceitarem estes projetos – não foi visto em nenhum dos projetos de grandes hidrelétricas implantados na Amazônia.
ONDE VAI ACONTECER
O rio Tapajós começa no estado do Mato Grosso e corre na direção do oeste do Pará por 800 km até desaguar no rio Amazonas. Nesse longo trajeto, ele influencia a sobrevivência de milhares de habitantes ribeirinhos e indígenas, além de ditar o ritmo de vida dos moradores das cidades banhadas por ele, como Itaituba e Santarém. O rio e seu regime anual de secas e cheias é a principal fonte de recursos para as comunidades. Mais do que isso: é lar para uma quantidade inestimável de vida e biodiversidade animal e vegetal, protegidas por um mosaico de 10 unidades de conservação e 19 terras indígenas (das quais apenas quatro foram reconhecidas oficialmente). Não é, aliás, sem razão que o Tapajós é considerado prioritário para o Ministério do Meio Ambiente para a conservação do bioma amazônico.
POR QUE ISTO DEVERIA NOS INTERESSAR
A hidrelétrica de São Luíz do Tapajós será construída no coração da Amazônia, em uma região de imensa biodiversidade e extrema importância para a conservação. Os planos do governo incluem a instalação não apenas de uma, mas de 43 hidrelétricas na região do Tapajós, além de outras centenas na Amazônia brasileira, o que pode comprometer o bioma como um todo. Precisamos questionar a maneira como as decisões de construir estes megaprojetos em biomas frágeis como a Amazônia são tomadas, sem a devida participação da sociedade. É fundamental também desafiar a maneira como o Brasil está construindo sua matriz de energia, focada em megaprojetos de infraestrutura e deixando-nos cada vez mais dependentes da água como principal fator de geração de energia. O Tapajós não é apenas um rio. Ele representa a herança cultural e ambiental de todos os brasileiros. Um paraíso que está sob ameaça e que precisa da sua ajuda. Temos o poder de fazer a diferença. Vamos mudar o curso dessa história, protegendo a Amazônia e mantendo o rio Tapajós vivo.
POR QUE O GREENPEACE ESTÁ ENVOLVIDO
O Greenpeace se opõe à construção de megaprojetos de hidrelétricas em biomas frágeis, como a Amazônia, devido aos impactos irreversíveis na biodiversidade e no modo de vida dos povos da região. Acreditamos que em vez de se concentrar na expansão da geração de energia elétrica por meio de hidrelétricas, o Brasil deveria investir no enorme potencial representado pelas energias renováveis verdadeiramente limpas, como o sol e o vento.
QUEM É RESPONSÁVEL
O governo brasileiro tem planos de construir 43 hidrelétricas na bacia do Tapajós. Para isso, ele conta com a participação de empresas internacionais, que fornecem as peças necessárias para as hidrelétricas, e as instituições financeiras, como empresas de seguro e resseguro, essenciais para garantir os altos investimentos necessários para implementar estes projetos. No fim das contas, a ganância corporativa é um elemento fundamental na destruição da Amazônia.
Os últimos acontecimentos políticos do Brasil têm mostrado que por trás da escolha desse modelo envolvendo megaprojetos de hidrelétricas há interesses políticos que favorecem grandes empresas e alimentam um círculo vicioso de corrupção e mau uso do dinheiro público.
O QUE PODEMOS FAZER
Você pode ajudar a manter o Tapajós vivo ao juntar sua voz em favor deste ecossistema único e frágil para protegê-lo antes que seja destruído. Precisamos combater a construção do complexo hidrelétrico do Tapajós e exigir mais investimentos em fontes renováveis e verdadeiramente limpas de energia, como a solar. Além de não destruir a Amazônia, elas podem garantir a todos nós mais autonomia na geração de energia.
(MATÉRIA NA INTEGRA) 

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