Degradação no Ambiente e a Consequência na Saúde da População


O homem não é apenas um ser social, é também político. Levando isso em conta nasce à ecologia política com a junção da dependência da natureza, as transformações com seus prós e contras e a autonomia em todos os campos da sociedade com o “pensar globalmente, agir localmente”. Essa máxima emergiu nos anos 1970, juntando as relações entre a natureza e a política, a economia e o social. Como os recursos naturais usados estão em declínio, à economia ecológica surgiu para gerar uma nova acepção de que a natureza é mais importante, pois toda indústria depende dela, passando a aliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Como elas ainda não são muito aplicadas ocorre, à exploração dos recursos naturais inconscientemente, afetando não só a natureza como também as populações.

A economia ecológica e a ecologia política contribuem para o desenvolvimento econômico, pois possuem um papel fundamental na saúde coletiva ao alertarem para a degradação sócio ambiental que se agrava com o comércio ambiental. A inclusão de dimensões políticas, econômicas, culturais e ecológicas para resolver os problemas da saúde pública denomina-se ecossistêmica em saúde. A economia não deve apenas financiar a saúde e sim aproximar da economia internacional com as suas consequências éticas, políticas, ecológicas e sanitárias, também deve propor debates sobre as consequências negativas da globalização.

A economia ecológica busca novos referenciais para a sustentabilidade, produzidos por ecologistas juntamente com economistas. Um dos novos índices e indicadores de sustentabilidade é a pegada ecológica que visa melhorar o metabolismo social, a desmaterialização, degradação sócio ambiental e instrumentos da política ambiental.

Um dos grandes instrumentos para indicar a sustentabilidade é o perfil metabólico de um país e uma das maneiras de se medir isso é pela perda de biodiversidade. Mas os produtos de consumo de países importadores, muitas vezes baratos demais causam danos ambientais nos países exportadores.

Os movimentos ambientalistas e sociais surgiram em meados dos anos 1980, a partir daí a ecologia política se fortaleceu. Sendo caracterizada por um campo de discussões teóricas e políticas que estuda os conflitos sócio ambientais, auxiliando também os movimentos pela justiça ambiental a partir de analises de desigualdades em processos econômicos e sociais.

Há vários exemplos de conflitos sócio ambientais como: os conflitos de distribuição ecológica que são ligados ao acesso a recursos e serviços naturais e aos danos causados pela poluição; os conflitos de extração dos materiais e da produção da energia utilizada concentrados nos países exportadores; descartes de rejeitos e a poluição, que também estão relacionados os aterros sanitários, a incineração de lixo e a exportação de lixo; e um dos mais recentes é o incentivo ao uso de oceanos, de florestas, do solo e da atmosfera para fins de sequestro de carbono. Todos esses tipos de conflitos podem estar relacionados em níveis locais, regionais ou até mesmo globais, isso se dá por causa das desigualdades no comércio nacional e internacional. E também podem estar relacionados com movimentos pela justiça ambiental.

A saúde pública está totalmente interligada com esses conflitos, as desigualdades econômicas e sociais existentes sempre acabam afetando a saúde da população. O desenvolvimento em certas regiões como na Amazônia, pode parecer produtivo e gerador de riquezas para certos empresários, porém ele pode ser prejudicial para a saúde dos ecossistemas e de vários grupos populacionais.

Os problemas locais e globais estão cada vez mais conectados, um exemplo é a extração desproporcional do petróleo, ela causa mais emissões de dióxido de carbono na atmosfera, mais isso não prejudica somente o local, também acaba prejudicando o global - por alterar as temperaturas climáticas que afetam o mundo todo. Portanto a saúde pública tem como finalidade fornecer indicadores relacionados à vida das populações que evitam os reducionismos ilusórios do progresso econômico. A sua interação com a economia ecológica e a ecologia política pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, cujos processos de desenvolvimento sejam sustentáveis.

Estudos relacionados ao meio ambiente são muito importantes para a saúde pública, um ambiente que está degradado ou com muita concentração de lixo é um local inadequado para a sobrevivência de qualquer espécie até mesmo do ser humano, um grande exemplo são os aterros sanitários que prejudicam demais a saúde da população mais pobre. O exemplo mais recente relacionado à saúde pública é a dengue, que está afetando pessoas em todo o país.

Ao estudarmos o meio ambiente notamos que o mesmo, está totalmente relacionado com a saúde da população visto que muitas doenças estão totalmente relacionadas. O homem é quem causa a maioria das más condições no ambiente e é por isso que existem muitas destas doenças, não somente em níveis locais, mais também chegam a níveis globais, porém como os países ricos possuem muito mais recursos que os países pobres, a diferença não somente na cura, como também na prevenção dessas doenças, acaba sendo gigantesca. O homem visa muito mais o lucro e deixa de lado a saúde da população e também o meio ambiente.

Todo profissional, deve conhecer o meio ambiente, pois qualquer ação que o homem faça,vai impactá-lo. Principalmente para o profissional da saúde, uma vez que está totalmente ligada com o ambiente, pois para a promoção de ações para solução de problemas de saúde pública é preciso conhecer o ambiente, os animais, as pessoas que habitam e os profissionais do entorno. Essas doenças locais não estão somente ligadas às condições ambientais, mas também ao saneamento, aos hábitos de higiene dos moradores, a falta de cuidado, os desleixos delas e também a negligência das autoridades. Assim, os processos de desenvolvimentos econômicos e sociais, quando não bem organizados e elaborados, são perigosos e podem afetar a saúde de todas as pessoas, pois preservam os ambientes que os interessam e o resto como não importam nem um pouco acabam degradando, fazendo com que muitas doenças endêmicas das florestas sejam liberadas e que milhões de pessoas sofram essas e outras consequências.



Fonte: www.ecologiaurbanacwb.blogspot.com.br

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