Mata Ciliar


"Mata ciliar é a faixa de vegetação nativa às margens de rios, lagos, nascentes e mananciais, em geral. A mata ciliar também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea e floresta ripária".
A área que abrange a mata ciliar é considerada pelo Código Florestal Federal como APP (Área de Preservação Permanente).
Por que conservar as matas ciliares
• Para manter a qualidade do ar e a temperatura estáveis - O gás carbônico em grandes quantidades é prejudicial à saúde dos seres vivos, além de aumentar o efeito estufa, causando o aquecimento global. Por meio da fotossíntese, as plantas o absorvem o gás carbônico da atmosfera, melhorando, assim, a qualidade do ar e regulando a temperatura na Terra;
• Para regular o clima - As matas liberam água em forma de vapor, que ao atingir a atmosfera se concentra e se condensa, formando nuvens que diminuem os efeitos dos raios do sol, produzem as chuvas e estabilizam o clima;
• Para conservar a biodiversidade - As matas ciliares atuam como corredores ecológicos porque unem fragmentos de florestas, o que permite a circulação de animais e a dispersão de sementes, aumentando a conservação da biodiversidade;
• Para evitar a erosão e o assoreamento - As chuvas e os ventos carregam partes constituintes do solo exposto até os corpos d'água. As matas ciliares são como filtros que evitam que os sedimentos trazidos pela erosão se depositem nos rios, o que levaria ao assoreamento, à diminuição de seus volumes e à perda da qualidade da água;
Garantia de vida para a natureza
Recuperar as matas ciliares significa manter o equilíbrio ambiental. A floresta é fundamental para manter o regime hídrico permanente, ou seja, garantir que a quantidade de água se mantenha constante em uma região. Com seus vários componentes (folhas, galhos, troncos, raízes e solo), age como uma poderosa esponja, que retém a água da chuva e a libera aos poucos, ajudando a filtrá-la e a infiltrá-la no subsolo, alimentando o lençol freático. Com o desmatamento, surgem problemas como a escassez de água nas cidades, a erosão do solo, a diminuição da biodiversidade e o consequente aumento de pragas e doenças nas culturas agrícolas (já que a mata funciona como uma barreira natural a essa propagação).
Garantir a manutenção desse equilíbrio ambiental é o principal motivo da necessidade de se preservar e recuperar a mata ciliar - o conjunto de árvores, arbustos, capins, cipós e flores que crescem nas margens dos rios, lagos e nascentes. É por isso que essas matas ribeirinhas são consideradas de preservação permanente pelo Código Florestal Brasileiro.
PROTEÇÃO
O nome mata ciliar vem de cílios. Assim como os cílios protegem os olhos, a mata ciliar protege os rios, lagos e nascentes, cobrindo e protegendo o solo, deixando-o fofo e permitindo que absorva a água das chuvas. Com isso, além de regular o ciclo da água, evita as enxurradas.
Com suas raízes, a mata ciliar evita também a erosão e retém partículas de solo e materiais diversos que, com a chuva, acabariam assoreando o leito dos rios, ou seja, aterrando e entulhando o fundo dos rios. Esse conjunto de árvore com sua sombra e seus frutos, é muito importante também para a proteção e preservação da diversidade da flora e fauna e para o equilíbrio do ecossistema como um todo. As consequências da destruição das matas ciliares são sentidas diariamente, com o agravamento das secas e também das enchentes, o que torna urgente uma ação de recuperação. Somente no Estado de São Paulo, estudos estimam em mais de um milhão de hectares as áreas marginais dos cursos de água sem vegetação ciliar, revelando a ordem de grandeza do problema. Apenas para recuperar as matas ciliares paulistas, seria necessário produzir, plantar e manter mais de dois bilhões de mudas. 

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